sábado, 1 de março de 2014

INOVAÇÃO

Inicio com a pergunta: Por que inovar? Atualmente as organizações estão bastante niveladas devido aos efeitos da globalização, o fácil acesso às novas tecnologias e a grande difusão da informação.  Neste ambiente volátil e altamente competitivo, as organizações acabam no que Kaplan e Norton chamam de oceano vermelho, ou seja, na luta sangrenta por preços. Portanto, para nos diferenciarmos da concorrência e atingirmos o oceano azul, precisamos ir além do valor/qualidade intrínseca dos nossos produtos. A inovação entra aí, na criação de novas práticas, novos conceitos e processos capazes de aumentar a percepção de valor dos nossos produtos pelos nossos clientes.


O processo de inovação passa sobretudo pela criatividade, pela análise crítica, ou seja, pela mudança de percepção, pois acredito que para se resolver um determinado problema precisamos pensar de maneira diferente do qual o originou. O professor Gil Giardelli afirma que, "Não é possível utilizar velhos mapas para encontrar novos caminhos". Portanto, para existir inovação precisamos da mudança e de sermos criativos.

O que os antigos gregos chamavam de metanoia foi imprescindível para o processo de evolução do pensamento humano e, portanto, tecnológico. Não obstante, o homem se diferencia dos animais pelo seu telencéfalo altamente desenvolvido e um indicador com polegar opositor. O trabalho que o ser humano realiza através desta particularidade transforma a natureza e a si próprio, pois, ao contrário dos animais que agem por instinto, a ação do homem é deliberada e intencional, ou seja, é precedida por um projeto, planejamento. Além disso, o ser humano é capaz de aprender com as suas próprias experiências, e mais ainda, com as experiências dos outros. O acúmulo de experiências enriquecem as percepções e a capacidade de metanoia abrem as portas para novas possibilidade.

Neste novo mundo, mundo beta, em ávida transformação, ser jovem não tem haver com a idade, mas sim com a forma que as mudanças são encaradas. Na era da informação onde somos aquilo que compartilhamos no mundo virtual, e que, a todo o momento precisamos decidir se somos parte do problema ou parte da solução, precisamos cada vez mais ampliar o nosso raio de pensamento. Um exercício prático seria, deixar de se sentar sempre na mesma mesa naquele restaurante, fazer um caminho diferente na volta para casa, conversar com pessoas diferente e frequentar lugares diferentes. Devemos ser menos superficiais e observar mais os detalhes, pois são eles que geralmente fazem toda a diferença.
O processo de criação ocorre numa sequência de 3 momentos:
  1. Momento da intuição seguido do insight;
  2. Divergência no pensamento, a dialética do equilíbrio, que nos trás a sensação do "é isto! Como não pensei antes".
  3. Espontaneidade e improviso, quando o impulso inexplicavel nos leva à ação e à certeza da realização.
Sabe-se ainda que este processo é potencializado quando o cérebro está desenvolvendo ondas alfa e ondas gama, uma frequência abaixo dos 14 Hz, no momento em que o cérebro deixa a concentração, o foco, a produção de ondas beta e se aproxima da sonolência, entre o mundo fenomênico e numênico, momento em que a mente se abre e se consegue enxergar novas possibilidades e "sair do quadrado".


      Edimilson Zambaldi - Consultor da Onixx Consultoria Organizacional

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