domingo, 10 de agosto de 2014

A maldição do “jeitinho brasileiro” na terra do “você sabe com quem está falando?" - Parte I

Depois das instalações dos primeiros radares eletrônicos no Rio de Janeiro, vulgos “Pardais”, as multas começaram a chegar aos infratores. Neste caso tivemos dois grupos distintos: Aqueles que conscientes de terem desrespeitado a placa de velocidade máxima e pagaram a respectiva multa e o grupo que se recusou a pagá-la, alegando que, além da placa de velocidade máxima permitida, deveria haver uma placa indicando que o setor estava sob vigilância eletrônica e procuraram a justiça. Ocorreu que, a justiça julgou procedente a reclamação e anulou todas as multas até a devida colocação das placas indicativas de “Fiscalização eletrônica”, porém, os que já haviam pagado as multas não tiveram o dinheiro de volta.

Esse é um exemplo de como damos sempre um "jeitinho" para não cumprirmos as regras. Em várias palestras que tenho proferido sempre faço menção a esta verdadeira desgraça, que muitos cultuam e acreditam ser uma virtude dos brasileiros. Buscar alternativas espúrias em vez de usar o bom senso e o respeito ao outro são as marcas de uma sociedade do "salve-se quem puder".

“No Brasil, quem tem ética parece anormal” 
Mário Covas

É esse mesmo sentimento que tiveram aqueles que pagaram as multas, conhecidos aqui como "otários", que nos desanima e deixa a impressão de que o crime compensa. Como mudar este comportamento?

“Todo o brasileiro é um ladrão em potencial, mas a frase não é minha, roubei de alguém”. Anônima

Tudo é uma simples questão de atitude, que está intrinsecamente ligada a educação e ao bom senso. A educação, no entanto, não é uma atitude diante da fiscalização ou da eminência do castigo, o nome disso é obediência. Educação é o comportamento do indivíduo quando ninguém está olhando e faz parte do seu modo de agir e pensar...

Continua no próximo post....



Edimilson Zambaldi - Consultor da Onixx Consultoria Organizacional

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